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Conforto, eficiência e segurança...

Trem de Ferro n° 5 (1991/Jan) — Centro-Oeste n° 84 — 1°--nov-1993

São pontualmente 7h20 na estação Pedro Nolasco, em Vitória. Depois de autorizado, o maquinista soa o apito e dá início a mais uma viagem cercada de belas paisagens e onde o passageiro desfruta de um serviço impecável e extremamente seguro. Não, não é ficção. Estamos falando dos trens de passageiros operados pela Cia. Vale do Rio Doce, através da EF Vitória a Minas.

Apesar de ser uma ferrovia construída basicamente para escoar minério, a Vale faz questão de manter seus trens de passageiros circulando, já que desempenham importante papel na divulgação do transporte ferroviário perante os usuários e a opinião pública em geral, inclusive porque — sabendo que no futuro o minério se extinguirá — os dirigentes têm demonstrado grande interesse na conquista de clientes para carga geral e produtos nobres.

Por isso, apesar do denso transporte de minério e cargas, a Vale dá até prioridade de tráfego aos trens de passageiros, oferecendo um serviço que chega a causar surpresa aos usuários de primeira viagem.

As composições são grandes — 1 carro-comando, 6 de segunda classe, 1 lanchonete e 5 de primeira classe — e viajam constantemente lotadas. A fim de reduzir as filas nas estações e agilizar o atendimento, as passagens são vendidas com 5 dias de antecedência e o sistema de bilhetagem é automático, através de terminais de computador tipo PDV (ponto-de-venda), como nos grandes supermercados. Para quem embarca nas estações terminais, os lugares são marcados para maior comodidade. Todas as estações entre Pedro Nolasco e Governador Valadares já utilizam este sistema, com a implantação nas restantes prevista ainda para 1991.

As equipagens são fixas, ou seja, os integrantes de cada uma trabalham sempre juntos e são treinados para prestar todo tipo de informação e auxílio ao passageiro, avisando inclusive — através de um serviço de som instalado em todos os carros — as próximas paradas, o lado do desembarque e o tempo de permanência, além de informações gerais.

Em cada um dos 4 trens diários — P-21 e P-22 (Vitória / Itabira / Vitória) e P-23 e P-24 (Vitória / Gov. Valadares / Vitória) —, trabalham 7 funcionários da Vale, 7 da concessionária do serviço de bar e lanchonete, e ainda existem 5 funcionários de uma empresa contratada, cujas funções são a limpeza constante dos carros e o auxílio aos passageiros com suas bagagens no embarque e desembarque.

Os maquinistas são sempre os mais antigos — escolhidos entre os melhores da empresa — , assim como seus auxiliares. Lembramos que o posto de auxiliar de maquinista já foi abolido nos trens de carga da EFVM mas continua existindo nos trens de passageiros.

No tocante à segurança, a Vale chega a exagerar. Existe um guarda da empresa a bordo de todas as composições, além de duplas de policiais nas estações. Mas o que impressiona é o fato de todos os trens de carga serem obrigados a parar completamente ao cruzar com os trens de passageiros — apesar da linha dupla em praticamente todo o trecho — , num requinte de segurança de tráfego que dificilmente se encontra em outros países. (...)

Dentro do espírito de aproximar a ferrovia da população, os preços cobrados pela passagem são incrivelmente baixos. Apenas como exemplo, notamos que ao chegar a Itabira os passageiros do P-21 embarcam em ônibus para Belo Horizonte — pagando mais caro, nesse pequeno percurso de cerca de 2 horas, do que por todo o trecho de 542 km desde Pedro Nolasco, mesmo em 1ª classe. (...).

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