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A propósito do excelente lançamento dos Decais LAF para os carros Budd — prontamente noticiado no DC-21 —, gostaria de fazer algumas observações que, espero, venham a somar como dicas aos companheiros que também admiram os carros de aço.
As inscrições "CENTRAL" e "DCT" estão corretas, mas lembro que não devem ser usadas diretamente, tal como estão espaçados na folha LAF. A Budd Co., em sua resenha original de plantas, nos projetos da série 035 (C. of B. Railway), indica cotas diferenciadas de posicionamento das letras. | ![]() |
Muito simples: deve-se colocar a letra "T" de "CENTRAL" exatamente no centro do carro, e as demais letras, intercaladas sobre o centro das janelas e o centro das colunas que as separam. A Fig. 1 (fora de escala) e a Tabela 1 mostram em detalhe esse aspecto.
A numeração original não corresponde à "usual", que vigorou durante décadas, como foi corretamente comentada no DC-21/2 (de 1957 até a implantação do Sigo, nos anos 80). Igualmente, a inscrição "CENTRAL" só foi trocada por "RFFSA" no final dos anos 70. Portanto, quem ornar seus carros utilizando os prefixos / números e inscrição "CENTRAL" da cartela LAF estará atendendo a uma das fases de reclassificação dos carros Budd da EFCB. Estas fases foram 4, a saber:
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Para a aplicação dos decais, será necessário "esconder" ou retirar a inscrição "RFFSA" nos carros.
Com raras exceções, dificilmente a tonalidade prata aceita retoques sem deixar marcas. Aos que não dispõem de aerógrafo, indico a excelente Tinta Spray para Isopor Prata, Acrilex, ref. 10336 — feliz sugestão do Catálogo Centro-Oeste. Mas os que quiserem obter um resultado de primeira devem retirar a tinta original, com soda cáustica (CO-15/4), e re-pintar com aerógrafo. No meu caso, o spray Acrilex resolveu satisfatoriamente.
O carro correio "DCT" apresenta condições interessantes. Identificado originalmente como série "R", para os EUA, constitui um legítimo carro bagagem — e, no entanto, aplicado no Brasil como MSC — Mail Storage Car, que, na expressão literal de sua função, não deixou de ser um carro para "bagagens postais". Os companheiros que têm seus carros Budd Frateschi reparem o seguinte: as placas laterais de identificação — numeração e prefixo dos carros — são idênticas nos demais tipos, porém são maiores no carro correio. Quando chegaram ao Brasil, em 1949, além da inscrição DCT — do antigo Departamento de Correios e Telégrafos —, no alto, também havia embaixo a inscrição "CORREIO", acompanhando a numeração e o prefixo. Por exemplo: "CORREIO R-101". Daí porque, nestes carros, a placa de identificação é mais longa. Na década de 60, a inscrição "CORREIO" foi retirada da placa de identificação, mantendo-se apenas a numeração e o prefixo, já na série "C". |
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Fica a sugestão, para os amigos da LAF incorporarem mais este dado, quando — e se — possível. Para quem quiser se adiantar, a cartela DecalcLetra n° 73 (1,5 mm) resolve este detalhe.
Fase Original (1ª)Desconheço o sentido dos prefixos. Fiz a avaliação a seguir procurando aproximar-me do significado mais lógico. Note que os prefixos RT, DM, F e B já apareciam em carros de passageiros da EFCB — por exemplo, os do Cruzeiro do Sul, fabricação ACF / Alco, antecessores dos carros Budd.
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Fase Intermediária (2ª)
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Fase Usual (3ª)Para facilitar a identificação dos carros, a classificação usual foi a mais racional, pois definiu melhor os prefixos com as funções.
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Fase Sigo (4ª)A RFFSA reclassificou seus carros — os poucos que ainda tem — em Inox (estrutura em aço inoxidável) e Carbono (estrutura em aço carbono). Por ex.: PC-6712-1, Poltrona Carbono.
Sigo — Sistema de Gerenciamento Operacional. – Sistema por computador que, entre outras coisas, acompanha e localiza qualquer carro, vagão ou locomotiva da Rede, em todo o País. |
Os carros Budd estão conservados no Depósito de São Diogo, próximo à estação D. Pedro II, Rio, RJ.
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